9. OS FRUTOS DO DIVÓRCIO
Gálatas 6.7 ressalta: Não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará. O apóstolo Paulo nos apresentou a Lei da Semeadura e da Sega. Os pecados cometidos pelos humanos são cognominados “sementes”. As consequências dos atos serão funestas e denominadas de “ceifas”.
Numa família em que o divórcio ocorreu, nunca mais as vidas do pai, mãe e filhos serão iguais. Rompeu-se a aliança. O segundo casamento (sendo um dos consortes vivo) não está no propósito Deus. Aquilo que o Senhor instituiu no Éden, pela falta de temor, amor e perdão, foi revogado. Segundo os psicólogos e pesquisadores:
1 - As consequências do divórcio sobre a família:
Em entrevistaconcedida a “O Estado de São Paulo”, a coordenadora do Programa da Família das Nações Unidas, Renata Kaczmarska, que esteve no Brasil para celebrar o 20.º Ano Internacional da Família, fez uma declaração interessante. Indagado a ela se considera o divórcio um problema, respondeu: É um problema na medida em que tem impacto sobre as crianças. Um dado comprovado é que os filhos de um casal que se divorciou também têm grandes chances de se divorciar, talvez por eles não terem tido um bom modelo de família. E o divórcio também afeta a estabilidade, porque há mais chances de pobreza quando há só um provedor no lar.
2 – As consequências do divórcio sobre a mulher:
a) Risco de suicídio;
b) Entrega-se aos vícios da bebida e fumo;
c) Diminuição da saúde e da perspectiva de felicidade na vida pessoal;
d) Aumento da possibilidade de sofrer transtornos mentais.
3 – As consequências do divórcio sobre o homem:
a) Seis vezes o aumento de problemas psíquicos;
b) Risco de suicídio;
c) Entrega-se ao alcoolismo;
d) Muitos se tornam usuário de drogas;
e) Morte por câncer ou enfermidades cardiovasculares;
f) Sofre mais conseqüências psicológicas e físicas do divórcio do que as mulheres;
g) Separação dos familiares;
h) Não consegue conservar a custódia dos filhos.
4 - As consequências do divórcio sobre os filhos:
a) Problemas emocionais habituais: dificuldade nas relações pessoais, baixa auto-estima, problemas de atitude, falta de maturidade, etc.;
b) Mentem com frequência, tem baixo rendimento, negam a responsabilidade por seus atos e apresentam dificuldade de concentração. Além disso, são resistentes às terapias tradicionais para curar estes problemas;
c) Menor nível educacional e, portanto, menores níveis de emprego e de perspectivas futuras;
d) Maior promiscuidade sexual;
e) Aumento de gravidezes e/ou de abortos em adolescentes;
f) Menor estabilidade no relacionamento com o outro sexo: se divorciam mais ou optam por não se casar;
g) Maior consumo de álcool e drogas;
h) Adoção de condutas de risco: violência, dirigir em alta velocidade, esportes ou passatempos perigosos, amizades violentas, etc.;
i) A despeito de os pais estarem preocupados em reconstruir suas próprias vidas (econômica, social e sexual), as crianças são abandonadas emocionalmente logo após o divórcio; conseguintemente, sofrem traumas e perdem a perspectiva de vida.
10. ESTATÍSTICAS DE DIVERSOS PAÍSES SOBRE OS EFEITOS TRÁGICOS DIVÓRCIO
1 - No Brasil:
a) Segundo o IBGE, houve, em 2007, 91.743 separações judiciais e 152.291 divórcios. Porém espantosamente, em 2012, houve 1.604 separações judiciais e 341.600 divórcios em solo brasileiro. O que isso representa? Simplesmente, o aumento do mal, da iniquidade e a falta de amor no mundo (Mt 24.12; 2Tm 3.13). As coisas caminham de modo assombroso! O espírito do Anticristo quer desmoronar o projeto de Deus: a família (1Jo 4.3; Gn 2.21-24; Ef 2.2).
b) Em maio de 2011, o Supremo Tribunal Federal (STF) reconheceu a união estável de casais homossexuais. Ao passo que houve 343.204 separações e divórcios entre heterossexuais, em 2012, no Brasil. Qual seja, enquanto os homossexuais querem casar-se, em nítido contraste à vontade de Deus: uma autêntica abominação condenada pelas Santas Escrituras, visto que atenta contra o princípio estabelecido por Deus na criação do mundo: a união do homem e da mulher (Lv 18.22; Rm 1.26-28; 1Tm 1.9-11; 1Co 6.9-11), os heterossexuais (pessoas que sentem atração sexual apenas por indivíduos do sexo oposto) querem separar-se. Dá para entender? É a verdadeira inversão de valores – o mal é chamado de bem, e o bem é chamado de mal (Is 5.20). É a desestruturação da doutrina cristã no fim dos tempos. “Havendo-se corrompido como aqueles, e indo após outra carne, foram postas por exemplo, sofrendo a pena do fogo eterno” (Jd v.7).
c) Em 2009, o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) relatou uma pesquisa de 115 novelas, apresentadas na televisão, entre 1965 a 1999, no horário das 19h às 21h e percebeu que, na maioria delas, apareceram cenas de traições, infidelidades e divórcios mediante as protagonistas femininas. Isto fez o número de divórcios e separações crescerem no Brasil de 0,1 a 0,2% nos lares das mulheres de 15 a 49 anos.
2 - Nos Estados Unidos:
a) 75% dos jovens delinquentes violentos foram vítimas de violência dentro da família. 50% dos encarcerados provêm de famílias sem pai ou sem mãe. 60% dos reclusos por roubo, 72% dos jovens assassinos e 70% dos condenados à prisão perpétua cresceram em famílias sem pai.
b) Cerca de um milhão de crianças sofre o trauma do divórcio de seus pais.
c) 25% dos estadunidenses (entre 18 e 44 anos de idade) provêm de "famílias divorciadas". 40% dos adultos casados nos anos 90 chegaram ao divórcio.
d) 45% de novos casamentos terminam em divórcio. 60% dos que se casaram pela segunda vez chegam ao divórcio. e) Um de cada três crianças nasce de pais não casados.
3 – No Chile:
76% dos jovens encarcerados não contam com pais casados. 44% provêm de famílias instáveis e 64% provêm de gravidezes de adolescentes.
4 – Na Austrália:
Índices de 1999 mostram que as mulheres divorciadas têm 48% de risco de morte mais que as casadas, e 27% a possibilidade de sofrer transtornos mentais.
5 – Na Suécia:
50% dos matrimônios terminam em divórcio.
6 – Na Espanha:
10 a 12% dos matrimônios terminam em divórcio, porém somente 60% das mulheres espanholas se casam.
7 – No Reino Unido (Inglaterra, Irlanda do Norte, Escócia e País de Gales):
Crianças com iguais situações econômicas, sociais e educacionais: 80% dos que apresentam condutas adequadas estão perto de seus pais biológicos e, somente, 4% dos que têm problemas de conduta vivem com seus pais.
CONCLUSÃO
Na escuridão deste mundo, o divórcio e, por consequência, a realização do segundo casamento, são vívidos sinais da vinda do Senhor Jesus (2Tm 3.1-8; Mt 24.12). E isso ninguém pode negar. Quem procura desestabilizar a família, arrancá-la dos moldes do Senhor e romper a aliança que Deus fez, sem dúvida, é Satanás — o Adversário e autor dos males e da perdição. A origem do casamento está no Altíssimo (Gn 2.18,21-23).
Os males do divórcio são notórios nas vidas das pessoas. Bem proferiu alguém: Divórcio é igual engenho, só devolve o bagaço. Por quê? Porquanto o pacto foi rompido e o Senhor — fiel testemunha do casamento, foi menosprezado ostensivamente (Ml 2.14,15; Dt 4.32). Logo, por agora, tal ação parece direita; porém, o pior está por vir (Pv 14.12).
O casamento, assim como o plano de salvação, é um pacto instituído por Deus; portanto, indissolúvel. O divórcio, o segundo casamento (a estar um dos cônjuges vivo) são obras do Maligno em grande escala neste mundo. Portanto “não comuniqueis com as obras infrutuosas das trevas, mas antes condenai-as” (Ef 5.11).
BIBLIOGRAFIA
SACCONI, Luiz Antonio. Grande Dicionário Sacconi da Língua Portuguesa: comentado, crítico e explicativo. São Paulo: Nova Geração, 2010, p. 1403.
TONIATTI, Mariana. Conquista: 30 Anos de Divórcio no Brasil. Fortaleza – CE. Tribunal de Justiça do Estado do Ceará: 03 ago. 2007.
Almanaque Abril: Brasil, 2000. 26.ª edição. São Paulo: Editora Abril, p. 341.
Almanaque Abril 2014. 40.ª edição. São Paulo: Editora Abril, p. 123.
TOLEDO, Fábio Henrique Prado de. Divórcio eleva a pobreza.
FOLHA DA MANHÃ, 04 fev. 2009. As Novelas e o Divórcio.
MUJER NUEVA. O divórcio, amigo ou inimigo?